sexta-feira, dezembro 28, 2018

Final de ano

Estamos a 3 dias de encerrar 2018.
Aproximando-se a grande data ditam as tradições que devemos:
- comer 12 passas e pedir um desejo por cada badalada;
- usar cueca azul, para dar sorte para o ano;
- saltar de uma cadeira com dinheiro no sapato;
- fazer barulho com tampas e panelas para afugentar os maus espiritos do ano anterior
entre outras.

Face a isto, acho que este ano vou inverter tradições a ver se funcionam melhor:
- bebo doze golos e peço um desejo... e acredito que ao fim dos 12, se forem em condições, já comece a ver o mundo de um prisma mais animado;
- vou virar as cuecas do avesso a ver se assim a sorte funciona melhor;
- vou por dinheiro no chapéu na cabeça a ver se ele chega mais rápido... porque sempre está mais alto;
- vou saltar antes da mesa, a ver se ganha mais impulso para rápida chegada;
- vou fazer barulho com fogão, mesas, cadeiras, frigoríficos e afins... vou bater em tudo o que faça barulho, para ver se os maus espíritos deste ano desaparecem de vez e no próximo ganham tanto medo que nem chegam a aparecer.

Tenha eu saúde... e muita paciência e já vai ser um ano bom. Umas horas a mais a dormir descansada também ajudavam.
E estar menos tempo rodeada de gente, durante o dia, tão Idiota/Mau carácter e definições similares, melhorava um ano de uma forma fantástica!





quinta-feira, dezembro 27, 2018

Filhos e o trabalho dos pais

Uma questão existencial: porque é que os filhos ficam tão fascinados em ir ao trabalho dos pais, quando os próprios se pudessem não punham lá os pés?

Mas é um facto que isso acontece, pelo menos lá por casa. É o ponto alto das férias, ir passar o dia ao trabalho da mãe. Já a mãe se pudesse baldava-se à grande!

Na altura da escola (pouco mais de meia duzia de anos atrás, claro está!) as minhas férias eram mais andar a aparvalhar o mais que pudesse e até agradecia se os meus pais não se lembrassem de ver o que eu andava a fazer. Agora os miúdos têm muito mais, para brincar, para fazer e parece que quando vez sabem menos brincar, inventar, criar e entreter-se.

Como tal tenho uma criança hoje excitadissima porque está no trabalho da mãe, mas muito bem comportada, verdade seja dita.

Já ponderei sugerir ao chefe ficar ela a substituir-me... e eu vou para casa pôr o sono em dia... Será que íam na conversa??!! Assim como assim, ela até está mais interessada em estar aqui que a própria JE, por isso até saíam a ganhar.

quarta-feira, dezembro 26, 2018

Já passou, já passou... só o Natal

Depois de muito trabalho, muita corrida, muito papel, muita confusão.... muita comida... muita desarrumação... passou finalmente o Natal.

Eu recebi um presente extra, com um exantema que estava circunscrito a uma zona e desde o fim de semana achou que era giro começar a espalhar a sua boa nova pelo corpo todo... deve estar a pensar nas chagas de Cristo, só que essas só deram mais tarde e não quando Ele nasceu! Alguém devia ter explicado.

Agora vem a fase de arrumações, principalmente das tralhas recebidas pelos miudos e há que desencantar mais um canto onde as enfiar a todas.

Depois começa a euforia das trocas e depois dos saldos...

E depois vem a passagem de ano, em que toda a gente acha que necessariamente tem de ser uma noite de grande festa. Eu não... para mim hoje em dia uma grande noite é conseguir ter uma noite calma, sossegada e tentar dormir uma noite completa.

E depois recomeço a épocas de festas de aniversário... sim porque muitos dos coleguinhas da escola escolheram nascer logo no inicio do ano, para as festas serem todas de enfiada!

Mas como ainda faltam 5 dias para começar o novo ano, pode ser que o espirito mude e tenha uma data de novas e excelentes resolução de Ano Novo.

quarta-feira, dezembro 19, 2018

Pedido de natal

Hoje de uma forma muito simples, sendo época natalicia, sendo católica, tenho o meu pedido a apresentar... não ao pai natal, que para esse só se pedir Coca Cola...

"Meu Deus, nesta época natalicia, de comunhão, amor, afetos e amizade, tenho um pedido a formular: Dai-me paciência, muita e muita paciência.. sim, porque se me Dais força... eu parto-lhes a cara!"

Obrigada

terça-feira, dezembro 18, 2018

As birras dos terriveis 3

Estamos a lidar diariamente com esta fase... as terriveis birras dos 3 (já passámos a do 1 e do 2... e depois hão-de vir, dos 4, 5 e por aí fora... mas umas de cada vez).

O fim de dia lá em casa faz um manicómio parecer um spa!
Percebo que é a fase de descompressão pós rotina escolar, mas não precisava de ser tanto.
Estava eu aqui a ver literatura sobre o assunto e vejo sugestões como: tente falar calmamente com a criança; se perceber que a birra vem aí tente distrair a criança do foco da birra; aproxime-se dela e tenta abraçar e transmitir calma; incentive a criança a verbalizar o motivo da birra... A SÉRIO??? Mas alguém acha mesmo que isto funciona???

Ora vejamos, a birra começa sem eira nem beira e as vezes porque a mosca voou para a esquerda e queria que voasse para a direita e lá saem brinquedos a voar e afins.
Portanto, segundo estas sugestões:
- falar calmamente - nem sequer me ouve porque a berraria atinge tal som que nada ultrapassa a barreira... não há duvida que a criança tem uns excelentes pulmões, isso é certo.
- perceber que ela aí vem - oh raios, não vi a mosca a voar, porque caso visse tinha dado logo uma pantufada na dita cuja e a birra desviava-se. E quando tudo serve de motivo para fazer porcaria e birra de seguida?
- aproximação - com calma... e mesmo assim a defesa de quem está a fazer birra e pretende continuar é dar com os pés em tudo e todos os que aparecerem pela frente. Por isso, deixa a parte do abraço para mais logo tá.
- então vamos lá falar sobre o assunto - fizeste birra porquê? Por nada. O que te chateou? Num xei. Tás zangado com alguma coisa? Não. Pronto, falado e muito elucidativo, certo?

Não vou recorrer, como muitos pais nervosinhos, a pediatras, psicólogos e afins... são fases que uns têm mais fortes e outros menos, mas são fases e passam. Cada criança tem a sua forma de estar e de fazer birras... no meu caso é deixar estar sozinho até se autoacalmar e/ou cansar e aí já podemos lá chegar.
São birras que nos levam à loucura, mas a verdade é que eu sei que passam... só preciso de ir encomendando kg de paciência para ir tendo de reserva... isso ou xanax... ou gin também serve.

segunda-feira, dezembro 17, 2018

Trabalho dos pais

Porque é que todas as crianças adoram mais ir ao trabalho dos pais que os próprios pais?!
É nestas alturas que percebemos a inocência das crianças.

Hoje foi dia de vir ao trabalho da mãe, mas numa atividade organizada para as crianças. Desde que acordou que ficou logo numa excitação só.
Eu também estaria... se a atividade fosse para os pais também.
Sim, porque fazer passeios e casinhas de bolachas me parece algo muito mais interessante do que passar o dia aqui sentada.
Hoje em dia a única camisola da casa que visto é aquela que diz... yupiii, é hora de saida e yupiiii yupiiii é sexta feira.... quando o reconhecimento é nulo, a vontade = zero também... é algo a que chamam acção/reacção ou efeito/consequência que a maioria das chefias continua a não querer perceber.

Por isso, please quero ir fazer casinhas de bolachas também!

sexta-feira, dezembro 14, 2018

Quem é o mais teimoso

Esta era a grande questão ontem à noite.
Tive um maravilhoso fim de dia/noite, a medir forças com o mais pequeno, que achou que conseguia levar a dele avante e que seria mais teimoso que a mãe.
Biggggg erro!
Ainda não percebeu que a mãe leva muito mais anos de experiência na coisa e como ontem até estava com alguma paciência, foi de teimas e birras e choros a noite toda.

Não faças... faz... castigo... birra e choro... parou... começa outro tema... pára com isso... risinhos e pior ainda... vou contar até 3 e se não paras tiro-te isso das mãos... continua e pior ainda... tira das mãos... birra e mais choro... come e deixa de fazer porcaria com a comida... contrinua a fazer... para com isso ou tiro-te o prato e sais da mesa... continua... zuta, fora da mesa e quando fores dormir e pedires leite vias acabar primeiro a massa...e foi nisto até à hora de dormir.
A querer dormir: quero leitinho. Ok, então vou aquecer a massa e se a acabares então tens o leite, conforme te tinha avisado. Lá percebeu (finalmente) que o melhor era acatar... e comeu a massa toda... e a seguir pediu o leite.

Como dizia a irmã: olha que isso não serve de nada mano, não vais ganhar à mãe; eu nunca ganhei. Ainda dizem que com a idade não melhora!!

quinta-feira, dezembro 13, 2018

Fatalismos pós filhos

Uma das coisas de que mais me apercebi depois de ser mãe é a alteração na forma como encaramos a vida e os fatalismos inerentes à mesma.

Enquanto "jovens", seja a 1 ou 1+1, raramente dava comigo a pensar no que seria se algo me acontecesse ou a assistir a falecimentos de conhecidos dedicando mais que o pensamento de pêsames devido à familia e com o sentimento de pena normal numa situação dessas pela pessoa que vai.

Depois quando o 1+1=3 e depois 1+1=4, as perspectivas mudam radicalmente.
Começamos a dar-nos conta da nossa mortalidade de uma forma diferente e ganhamos diferentes medos, não pelo acontecimento em si, mas pelo impacto na vida desses dois extra que colocámos no mundo por nossa iniciativa.
Tudo se torna mais dificil, tudo é pesado de forma diferente, passamos a ter mais medos, as maluquices passam a ser muito mais ponderadas, os riscos evitam-se automática e inconscientemente até.

Tive a experiência de ter um acidente quando um deles tinha um ano e muito pouco e recordo-me perfeitamente que o meu primeiro pensamento logo a seguir à queda foi para a bébé e o que seria se tivesse sido algo mais grave. Lembro-me que me custou horrores não poder dar a atenção que devia nos primeiros dias por impossibilidade parcial fisica, que chorava por a ver chorar e não propriamente por me doer a mim; lembro-me de estar no hospital, a limpar, exames e afins, e a minha preocupação era que ligassem aos avós para lhe dar a sopinha do jantar, sem sequer me preocupar se me estava a doer ou o que o médico estava a fazer.

A maternidade tem necessariamente de mudar a forma como vemos as coisas ou é alguém muito empedernido de sentimentos.

As crianças não pedem para nascer, se optamos por as ter temos de assumir as responsabilidades inerentes... e não pode haver trabalho, responsabilidades sociais ou outras que assumam um papel mais importante na vida, porque elas deverão estar acima disso.
Não estou a dizer que vamos deixar de ter vida por causa de ter filhos, longe de mim tal ideia, mas não podem eles ser o ultimo item da lista de prioridades e não pode o seu bem estar fisico, emocional, social e familiar ser posto em causa devido a questões como ambição extrema profissional, vida social e afins... porque há uma ideia que ninguém me muda: eles não pediram para vir!

quarta-feira, dezembro 12, 2018

Excepção à regra

Nunca fui muito de seguir regras e, pelos vistos, até com os filhos isso se mantém.
Dizem que, por regra, as meninas são todas pai e os meninos mãe.

Eu tenho a excepção: a menina desde sempre foi tudo com a mãe e o menino desde sempre é pelo pai que chama, mesmo quando acorda de noite.
Isto não significa que não acorde a casa toda e que muitas das vezes a mãe não tenha de se levantar na mesma para ir aquecer leite e ver se o pai o volta a conseguir adormecer.

Já quanto à menina, sempre disse que o pai não cortou devidamente o cordão umbilical na altura em que o médico lhe passou a tesoura para as mãos e por isso há sempre ali uma ligação extra (que às vezes tanto incomoda o pai... isso e ela ter o feitiozinho "cuspido e escarrado" da mãezinha!).

Tem as suas vantagens e desvantagens, como tudo, mas pelo menos acabou por ficar mais equilibrado no que toca a lidar com acordares, birras e afins.

terça-feira, dezembro 11, 2018

Timing para animal de estimação

É verdade, descobri que afinal também há timings para se arranjar um animal de estimação.
O nosso não foi o certo!

Entre uma criança que se porta lindamenteeeee na escola (mesmo a sério!) e chega a casa e resolve entrar em modo descompressão... ou seja, igual a: gritos, birras porque a mosca não voou para o lado que ele queria, um não que entra no registo auditivo como um faz faz, um pára que é escutado como continua e com mais força... em que tudo termina com uma palmada... e mais uma birra;

Entre a outra que está na fase do eu é que sei e acha que sabe... e depois descobre que afinal ainda não manda nada e o que ela sabe afinal não é assim... e a fase de amuos;

E depois vem o gato, de 3 meses que morde em tudo o que apanha (roupa, sacos... e pior, pés, mãos e até o cabelo dos putos se lhes conseguir chegar).

Neste enquadramento, e pensando que um animal seria bom para ajudar a acalmar as duas ferinhas da casa, foi contraprodutivo porque só serve para ter mais um elemento com quem ralhar... e dar mais um motivo para ralhar com o mais novo que passa a vida a tentar arrefinfar no gato quando este lhe tenta morder (e outras vezes mesmo sem isso, mas porque tem medo, sai ao ataque primeiro).

Portanto, tendo em conta que as vezes me apetece pendurar os dois pelas orelhas, agora passou-me a apetecer pendurar três!

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Mudanças...

... neste caso foi só do título do blogue.
Como tudo na vida, temos de ir adaptando em face das alterações. Achei que estava na altura de atualizar.

O que era antes ficou no antes, o importante é o agora e o que ainda está para vir. Tudo faz parte de uma história, que se interliga, mas o que conta é o presente e futuro, porque esse é que está a ser vivido e falta viver.

Por isso, o "era 1" foi uma história... que conheceu mais 1 e criaram nova história... e virou mais um e depois mais um e novas histórias vêm sendo criadas... e seja como for nunca mais voltará a ser 1 nem 1+1.
Porque mesmo quando só está 1 ou 1+1... os outros 2 estão sempre presentes também, porque já não conseguimos desligar desse "plus" 2, que nos dão cabo da cabeça mas nunca deixarão de ser o que de melhor fizémos na vida!

sexta-feira, dezembro 07, 2018

Vida e trabalho

Viver para trabalhar ou trabalhar para ter uma vida?
Enquadro-me claramente na ultima hipótese.
Vivemos num país onde a maioria de empresas, entidades laborais e afins preza números, o show off do que aparentam ser e se esquecem que o mais importante fica relegado para o ultimo lugar da lista: as pessoas e as condições de trabalho que têm e o que valorizam o seu trabalho.

Nesta perspectiva acabam por ter funcionários acomodados e que acabam por deixar de se preocupar e se dedicar, porque desanimaram com as constantes injustiças e falta de reconhecimento e que procuram coisas interessantes para fazer fora do seu horário laboral, por forma a manterem a sua sanidade mental.

Trabalhar permite-me ter vida... com a familia, com os amigos, viajar, jantar fora, conviver, passear... permite-me ter um ordenado que possibilita essas coisas. A vida começa quando o horário de trabalho termina.

Faço estas afirmações com alguma pena, mas infelizmente é a realidade que temos. Se podia mudar? Podia. Mas acabo por ver isto, de uma forma ou de outra, nas mais diversas empresas e entidades deste país. Por isso, acabo a concluir, muda o cheiro mas a m**** é mesma.

Talvez se um dia conseguir encontrar uma daquelas que ainda se enquadram na minoria e que prezam a mão de obra porque é essa que faz a empresa... mas que prezam mão de obra respeitando que ela tem familia e uma vida para além do trabalho. Isso existe, conheço alguns casos, acreditem... mas são mini, mini minorias... infelizmente!

quinta-feira, dezembro 06, 2018

Tico e teco de férias...

É oficial, o meu tico e teco estão oficialmente de férias por tempo indeterminado!
Saio do trabalho, vou para o metro, saio na minha estação, compro qualquer coisa para lanchar, vou até ao parque onde deixei o carro (sendo raro trazer carro para Lisboa), pago o parque, dirijo-me à dita viatura e eis que... não abre. Isto porquê? Porque a dita chave, que permite abrir o carro e pô-lo a trabalhar, ficou na minha mesa no trabalho.
Depois de algumas pragas, imprecações e afins... volto a sair do parque, metro, uma viagem para lá, apanhar a chave, outra viagem para voltar, volta a pagar o remanescente do parque e finalmente lá sigo para casa.
Sendo dia de natação da miuda por sorte, o pai já tinha saido com eles e assim lá chegou a horas. Vou ter diretamente à piscina.
Apenas não foi assim tão diretamente.
Em modo de auto gestão mental consegui dar-me ao luxo de falhar a saida que já fiz um milhão de vezes e seguir em frente, apanhando um troço de risco contínuo sem possibilidade de inversão por cerca de 4/5km.
Por fim lá consegui fazer uma manobra à má fila e inverter a marcha.
Cheguei à piscina... 2 min antes da aula acabar. Pelo menos conseg, ui ajudar a miuda no banho e a vestir-se.
Pelo que... cara entidade patronal preciso de férias... putos, preciso de menos birras e barulho lá em casa... pai das crianças preciso que não me melguem o juízo.. gato vê lá se atinas... maltinha, larguem-me a porta, que isto sem tico e teco operacionais não respondo pela sanidade da resposta!

quarta-feira, dezembro 05, 2018

O maravilhoso mundo de...

... (tocam tambores) Transportes públicos!

Quem não anda de transportes públicos nem imagina as preciosidades que perde.
Tem o lado positivo de não estar enfiada num carro, parado, paradinho e paradão no trânsito, com xicos espertos nos carros ao lado e atrás... andar de carro em Lisboa dá comigo em verdadeira doida (ou pelo menos mais doida que o normal!).

Depois temos, no inverno, o calor humano num metro sempre a abarrotar nas horas de ponta porque, ora por carruagens em reparação, ora por falta de pessoal, ora por falta de sinalização, bla, bla, bla, os ditos cujos chegam a passar com 7 a 10 min de intervalo entre eles,com o já me aconteceu. Mas pelo menos viajamos aconchegadinhos!
E temos sempre aquela aventura de descobrir se vamos conseguir sair na nossa paragem, porque chegar à porta parece uma verdadeira aventura na selva.

Temos vários tipos de novelas para nos distrair nas viagens: desde a conversa de grupos de estudantes, que nos deixam a pensar, raios mas será que eu também era assim?!; desde a malta que resolve ir ao telefone, em alto e bom som, a lavar a roupa suja com alguém do outro lado e ficamos a saber das desavenças, porque o namorado disse e fez e respondeu; desde a "tia" que diz, em plena hora de ponta: oh krido, não empurre que me amarrota a camisa (o que chorei a rir com esta!); e estes são só alguns sucintos exemplos.

Podemos aproveitar o tempo para pôr a leitura em dia, já que a malta lá de casa não nos dá grande margem para essas atividades lúdicas.

Mudando do metro para a CP, em hora de ponta o cenário não difere grande coisa.

sexta-feira, novembro 30, 2018

E o natal... já passou?

Supostamente o natal era uma época que deviamos apreciar: luzes, familia, amigos, tudo enfeitado, imbuído daquele espirito de partilha e amor...
Era não era?

Pois, mas eu já estou cansada de natal e ainda nem em dezembro entrámos.
Deixei uma arrecadação virada do avesso para encontrar os enfeites de natal, mas lá se fez a árvore. Ah e tal, com os meninos, momento em familia... pois sim, foi mais momento de parem lá de gritar, as bolas chegam para todos colocarem uma, gato pára de trepar a árvore enquanto tentamos por as bolas e ninguém mexe nas prendas que a mãe vai pôr ali, que nenhuma é para vocês!

Segunda fase: fazer o presépio... pois, ainda não foi. sempre gostei de fazer o presépio, mas daqueles grandes com tudo a que tem direito, com musgo, serras, caminhos, lagos... estou à espera de um momento em que estejam a dormir para me dedicar a isso.

E por fim, mamã, vamos fazer o calendário do advento? Arghhhh... pois, vamos. Toca de tentar imaginar coisas simples que possam ser conciliáveis com horários de escolas, banhos, atividades e tempo de brincadeira, porque a experiência anterior ditou que depois a maioria das coisas acabámos por não conseguir fazer, ou por falta de vontade ou por cansaço dos pequenos (e dos grandes).

Nestes entretantos há que pensar nas prendas a comprar, e sendo que são várias as crianças, tem de ser coisas simples ou não há carteira que resista, pelo que implica puxar pela cabeça também.
Conclusão: já estou cansada do Natal e ainda falta quase um mês.

quarta-feira, novembro 28, 2018

Competências sociais... ter ou não ter?

Eis a questão!
Chego à conclusão que as minhas competências sociais começam a ser escassas quando em 2/3 do tempo me apetece dar estaladas nas pessoas que me rodeiam... durante o dia principalmente!
Pensamento que ocorre várias vezes por dia: Oh meu Deus dai-me paciência, porque se me dais força é hoje que eu lhes bato.
Tenho de trabalhar o meu lado social, o lado de sorrir a idiotas, dizer xim xenhor/a e... acima de tudo, aprender a lidar com asnos de duas patas.
Pior que lidar com um asno ou burriquito... é lidar com asno arrogante.
A simplicidade e humildade de se conseguir assumir que não se sabe tudo e que vamos vivendo e aprendendo e que cada um é diferente do outro, mas nem por isso melhor, é uma qualidade imensurável... que infelizmente cada vez menos pessoas detêm.
E é por isto que as minhas competências sociais viajam cada vez mais, para destinos cada vez mais longínquos de retornos mais tardios e às vezes ainda levam a viajar com elas o meu tico e tecto. E eu não sei se me deva preocupar ou ficar feliz.

Idade dos porquês tardia

1 - Mas por que raio este miúdo tem de acordar, tipo relógio suíço, as 4h/4h e pouco da matina todos os dias?
2 - Porque é que ouvido de mãe vira supersónico e até um mexer na cama faz acordar de um sono tão bom?
3- Por que raio me esqueci de ir buscar um novo pack de pacotes de leite à arrecadação antes de ir dormir e só me ocorre quando o puto pede leite de madrugada?
4 - Porque é que a camisola que resolvi vestir de manhã é exactamente aquela que está esquecida no cesto da roupa para lavar?
5 - Porque é que toda a gente lá de casa tem de ter tanta vontade de falar antes de eu ter bebido o meu café da manhã?
6 - Se inventam tanta coisa, por que carga d'agua ainda não inventaram o teletransporte?

E com isto findo as perguntas idiotas da manhã.

terça-feira, novembro 27, 2018

As manhãs loucas

A minha manhã começa cedo. Tento aproveitar aquela meia hora/40minutos antes de começar a levantar o pessoal todo para despachar as minhas coisas: banho (para conseguir acordar), vestir, preparar lancheiras e tentar tomar um pequeno almoço sentada, dando uma olhada ao que se passa por aí.
Nem sempre é possível, porque as vezes estou a preparar para me sentar e oiço o... mamãaaaaaaaaaa! pronto, pequeno almoço, já eras!
Começa a correria da manha, acorda um, acorda outro, confirmar que o mais velho (entenda-se, o pai das crianças!) já se levantou (sim, as vezes este é o pior!), acender tv (sim, porque eu meto-os a ver o panda logo pela manhã se com isso conseguir que estejam sossegados), leite, preparar roupas, e enquanto emborcam o leite começo a vestir... uma perna daqui, enfia outra dali... pentear (sendo que esta não é tarefa fácil para o emaranhado que eles chamam de cabelos!), acabar pequenos almoços (o que também não é fácil, já que uma tende a bezerrar a olhar para a comida e o outro nunca quer nada e obriga a correr atrás dele para o fazer comer), lavar dentes... e calçar. Ufa, estou cansada! E entretanto tenho eu de acabar de me preparar, calçar e afins.
Para melhorar só mesmo quando o mais velho resolve andar também a arrastar-se (sim, porque não sei como é possível alguém levar mais de 1h para wc, banho e vestir... é mesmo gajo!) e lá vem a louca a gritar com filhos e com o pai.... e é bom que o gato fuja da frente entretanto... porque já passou a hora de sair de casa e anda tudo a arrastar-se pela casa fora e a mim só me apetece dar estaladas para se mexerem.
Pensamento ao chegar ao carro: a sério ou morro nova ou pifo de vez um dia destes!

quinta-feira, novembro 22, 2018

As pequenas conquistas da vida

À medida que vamos "crescendo" o nosso conceito de conquistas, de facto, altera-se bastante.
Para uma pequenita criança, uma grande conquista é começar a ir à sanita, andar de cuequinha sem se sujar todo, não fazer birras e comer sozinho.
Quando crescem um pouco mais, começar a ler, escrever, fazer contas... mais uma importante conquista.
Mais tarde, poder sair sozinhos com amigos e depois poder tirar a carta... mais um marco histórico.
Acabar os estudos, entrar no mercado de trabalho... mais uma nova conquista e nova fase.

Depois temos as nossas... chegar ao fim do dia sem matar ninguém, apesar da vontade de torcer pescoços; conseguir ouvir asnos a falar sem os mandar para aquele sitio que não vê (ou raramente) a luz do dia; ver pessoas que não valem um chavelho, que infernizaram a cabeça de meio mundo a armar-se em hiper profissionais e assistir caladinha... isto são relevantes conquistas. E ainda chegar a casa e conseguir gerir a energia das crianças sem as pendurar pelas orelhas no estendal da roupa... isto são verdadeiras conquistas.

sexta-feira, novembro 16, 2018

Sexta feira... yeeehhh... ou não!

Regra geral o espírito é: sexta feira... YEHHHHHHH. Mesmo tendo dois putos (e um marido, a bem da verdade) a dar comigo em doida o fim de semana inteiro, ainda assim estes são os que eu escolhi par ame deixarem doida e não os que semanalmente me são impostos.

No entanto, esta sexta feira nem com esse espírito consigo estar. Entre miúda doente, miúdo birrento (daquelas que faz a birra porque a mosca passou para a direita e ele queria que ela tivesse voado para a esquerda ou porque isto é branco e ele queria que fosse preto... enfim), idas ao hospital, andar a correr de um lado para o outro, andar de carro na cidade (que só por si já me deixa doida)... está a ser um final de semana daqueles.

Mas o fim de semana não se afigura melhor: miúda ainda doente, chuva de volta, miúdos birrentos porque está doente e não saem de casa, possibilidade de um almoço (se já estiver melhor) de pré-natal (face ao tempo que ainda falta) da escola de dança com coisas (comida, entenda-se) a preparar pelos pais... e neste imbróglio ainda ter tempo para me lembrar que existe roupa por lavar (para evitar os miúdos irem nus para a escola na semana seguinte), porque o passar logo se vê... e que eu também quero uns minutos para mim e já agora para o marido, se não for pedir muito.

Já estou cansada e ainda nem o fim de semana começou!

quinta-feira, novembro 15, 2018

Os festejos e afins

Ainda estamos a meio de novembro e entrámos oficialmente nos festejos... entre aniversários e natal, agora é um non stop até fevereiro.
Já estou cansada e ainda agora começou.
Entre aniversários, almoços de natal de escola, de amigos, circo de natal pelo meio, festa da escola de dança e afins... os fins de semana vão todos à vida e num esfregar de olhos... é Natal.

Este ano parece que está tudo a começar mais cedo ainda, porque deu o ataque de natal ainda mais cedo, para se conseguir encaixar tudo e todos nos fins de semana disponíveis.
E se não os vences... tens mesmo de te juntar a eles e aderir à coisa.

Tenho duas pequenas criaturas em casa que não param de falar em fazer a carta ao Pai Natal, coisa que normalmente só acontecia já em dezembro; o mesmo acontece com a árvore de Natal, que começa a virar pergunta diária também.
E se não os vences... é provável que neste fim de semana se assuma a época de Natal lá em casa!

Tenho pena é que o Natal esteja associado cada vez mais ao consumismo e à necessidade de se comprar tudo e mais um par de botas, para todos e mais algum e se vá perdendo cada vez mais o espirito da coisa: convivio em familia, os jogos da noite de natal (sem ser a olhar para a tv, tablets, telemóveis e afins), a noite em pijama quentinho se fosse o caso. Às vezes a noite de natal parece apenas mais uma obrigação: jantar, abrir prendas, ver os miudos eufóricos e ao ponto de já nem estarem a ver o que estão a abrir e sem desfrutarem de nada e os graúdos a assistir. Deve ser uma noite sem regras, com desordem, claro, com papel rasgado, com desarrumação, mas também com brincadeira em familia, com musica e com o desfrutar.
Quero fazer um esforço adicional este ano para tentar incutir este espírito nos pequenos... depois contarei o resultado.


terça-feira, novembro 13, 2018

A alegria da birra alheia

- Mamã, mamã... hoje o bebe não fez birra.
- Que bom filhote.
- Hoje é a mana que tá a fazê birra.
(isto dito com uma grande alegria, uma vez que não era ele o centro da coisa)
- Então e está a fazer birra porquê?
E numa grande exaltação salta um chorrilho de explicações, das quais não percebi um terço, com a mana zangada a mandá-lo calar.
Pelo menos vão alternando...

E assim vai a vida de mãe e pai!

segunda-feira, novembro 12, 2018

Pediculose

Um nome todo pomposo para designar aquilo que é o pânico para qualquer mãe e pai: os tão famigerados piolhos!
Sempre que recebo um aviso da escola da existência de tais parasitas entro em pânico... não por achar repugnante os ditos cujos (ou melhor não só), mas porque os cabelos dos meus filhos não são compativeis com esses tratamentos. Caracol fechado com muito cabelo ainda por cima... até a imaginar é dificil.
A minha esperança é que os ditos cujos, à semelhança dos pentes lá de casa, desistam da tarefa de tentar penetrar naquele ninho de caracoletas, rodilhos e rodilhões... e me dêem algum descanso. Seria o stress de tratar e os kilos de paciência extra para aguentar os gritos e birras pela casa fora.
Pelo que, face ao exposto, solicito encarecidamente que a pediculose se vá manifestar para outras freguesias, para bem da sanidade mental da ora requerente.

sexta-feira, novembro 09, 2018

Lições de vida

No nosso dia a dia stressamos, gritamos, refilamos com as mais variadas coisas, pessoas e acontecimentos.
Porque os filhos nos deixam de cabelos em pé logo pela manhã, porque o gato está um chatarrão, porque não encontramos a blusa que iamos vestir, porque está um trânsito infernal, porque no trabalho tens uma série de gente que parece estar em estado semi vivo e os que mostram estar vivos as vezes parecem verdadeiramente acéfalos...
E depois recebemos um vídeo, com alguém com uma vida extremamente dificil desde que nasceu, que teve a sorte de ser adoptado juntamente com o irmão e quando, emocional e fisicamente tem tudo contra ele, luta por um sonho, desconsiderando tudo o resto. Eu que nem sou muito de ligar a estas coisas, confesso que me deixou muito sensibilizada, porque acho que requer uma coragem que eu não sei se teria.
E nessa altura pensamos que, de facto, as coisas que as vezes nos stressam e deixam de cabelo em pé são idiotices, que deveríamos encarar de forma mais leve e descontraída, dando por adquirido que estamos a fazer o melhor que podemos ou que nos deixam e que isso tem e deve ser suficiente.
As coisas mais importantes devem ser colocadas em primeiro plano: fazer o melhor que podemos e sabemos, lutar pelo bem estar e pela saúde dos nossos filhos e da familia, ter tempo para nós e para fazermos o que gostamos (mesmo que isso implique ter uma casa que parece que foi invadida pelo furacão leslie)... e deixar de andar irritada porque os miudos são miudos e gritam, fazem barulho, batem, resmungam e fazem birras; porque trabalhamos com alguns asnos (que me perdoem os pobres bichanos tão lindos) de duas patas, com idiotas que se acham "suprasumos da batatinha", arrogantes armados aos "pingarelhos", optando por pensar que isto não é a minha vida e sim apenas um meio de assegurar a parte financeira que me permite ter uma vida.
Vamos lá de fim de semana com esta ideia em mente... e quem sabe se a próxima semana até nem corre melhor?!

quinta-feira, novembro 08, 2018

O membro de 4 patas lá de casa.

Eis que uns pais, numa das suas ideias geniais, achou que um gatinho ajudaria a ocupar e acalmar as duas ferinhas lá de casa. É lindo, branquinho, de pelo fofinho, muito asseado, mas...
Triste ideia!
Não só não acalmou, como ainda foi mais um extra de maluquice naquela casa.
O que era um gatinho, está a ficar um gatão... que corre que nem um desenfreado e acha que todas as pernas e pés são peça de caça... o que às vezes dá aquela vontade de o pendurar na varanda pelas orelhas!
O mais novo quer brincar, mas como tem medo do bichano fica um misto de brincar, gritar e fugir. A mais velha já é mais paciente e com ela até ajudou, pois um destes dias esteve de volta do bichano até finalmente o convencer a dar a patinha sem a arranhar... e conseguiu.

Ontem, por exemplo, entre jantares, pijamas, lavar doentes, um que não quis comer e que pediu leite antes de dormir, o vomitou todo (e mais o resto do conteúdo do estômago) logo de seguida... toca de mudar roupas, tirar mantinhas, limpar chão (sala, wc)... e nesta confusão, eis um bichano a arranhar e a miar porque o fechei na cozinha para não pisar o vomitado. Um choramingava, outro miava... o que vale é que ela dormia que nem um calhauzinho.

Da próxima vez que pensar num animalzinho para as crianças brincarem... batam-me!

quarta-feira, novembro 07, 2018

Anti parentalidade positiva

Qualquer mãe ou pai acérrimo defensor da parentalidade positiva e figuras afins ficará chocado com a postura assumida por uma mãe na dificil entrada na escola pelo filho... mas cada um sabe de si, e para os crentes, Deus sabe de todos.
Apesar de o dia correr muito bem, o acordar de manhã com a perspetiva de ida para a escola e a chegada matinal à dita cuja tem sido de deixar o mais dos santos (e eu estou longeee de tais santidades!) de cabelos em pé... e coração partido.
Optei pela via mais simples: suborno ou oferta de vantagens adicionais pela ausência de birra matinal. Já sei, já sei, não se faz e tal e estamos a dar um mau exemplo e tal e coisa.... mas sinceramente, ele é um beebzão grande, que vai entrar numa fase que vai durar muitos anos da sua vida: escola. Tem todo o tempo do mundo para aos poucos entender que não está a ser abandonado e que chegar à escola pode ser uma coisa calma, uma vez que depois o dia corre tão bem. E se tiver de me socorrer de extras para o ir convencendo dessa ideia, vou fazê-lo. Não me venham com as tretas de conversar e explicar... é uma criança, que tem compreensão, é certo, mas não tem o nosso raciocinio adulto....  Para eles é um alterar de uma rotina que sempre conheceu e ser deixado com estranhos... não me venham convencer a mim que isto é "explicável e entendível" para uma criança de 3 anos, logo à primeira... ou à segunda... ou à terceira.
Mas já tive experiência anterior e correu bem e não creio ter causado traumas ou incapacidades e afins na criança nessa altura.
Por isso que me desculpe as teorias todas da atualidade, mas sabem que mais... não quero saber!

quarta-feira, outubro 31, 2018

Inicio de nova etapa - fase 2

Continuamos a tentar iniciar a nova etapa de escola para o mais pequeno.
Primeiro dia correu tão bem, aqui a mãe estava no céu a pensar que desta vez não haveria birras, gritaria para entrar na sala, correria em torno de pés e braços dos pais, uma criança que se arrasta connosco para não ficar na sala, tudo aliado a um berreiro de fazer estremecer as paredes mais resistentes... ai que com este não vai haver nada disso, tão bom. A educadora até o elogiou ontem na saída.
BIG erro!!
Segundo dia, tivémos disso e mais um bocadinho.
Pois é, de facto os meus filhos não são aqueles seres perfeitos que tantos pais se arrogam ter, mas pelo menos tenho a  prova que têm pulmões a funcionar em pleno e muita atitude e personalidade.

Sexta feira será um novo dia.

terça-feira, outubro 30, 2018

Inicio de nova etapa

Hoje começou o mais pequeno uma nova etapa da sua vida, aquela que se vai prolongar por muitos anos: a vida escolar.
Temos uma mãe de coração apertado, pois embora sabendo que lhe vai fazer bem, vai ganhar novos amigos e experiências, também sabe que é deixar um dos nossos mais que tudo com "estranhos". A experiência anterior ditou que no final corre tudo bem... mas mesmo assim não ajuda muito a querer que o dia chegue ao fim para ter a segurança que correu tudo bem (ou não!).
São uns pequenos terroristas em casa e estamos sempre a dizer que a escola vai ajudar a criar regras e rotinas, as quais os pais já cansados e rotinados nem sempre conseguem implementar na totalidade e como gostariam. A escola nunca substitui os pais e a educação destes, mas ajuda. Mas ainda assim, mesmo sabendo isso e dizendo e repetindo... continuo de coração apertado.

Como dizia alguém, o problema é que quem tem mais dificuldades na adaptação são mesmo os pais.

segunda-feira, outubro 29, 2018

Filhos? Porquê?

Acho que esta é uma pergunta que algumas pessoas fazem a si próprias.
Temos várias respostas possíveis. Assim de repente...
- porque sempre quis - perfeitamente válido e sem argumentação possível;
- porque quero dar continuidade à familia - válido, mas discutível;
- porque só eu e o marido era uma chatice a vida toda - bom, que se acaba a monotonia, quanto a isso não restam dúvidas;
- porque quero ter um apoio na velhice - sim, sim, e também acreditam no pai natal não?
- porque é socialmente adequado - e aqui temos o motivo que mais me mexe com os nervos!!

Infelizmente ainda acontece. Os amigos têm filhos e tal, é aquela idade e tal... Meus caros isto não é, nunca foi, nem nunca deve ser motivo para se ter um filho!
A criança não pede para vir ao mundo, mas se é de livre vontade colocá-la cá, têm de conseguir dar atenção, cuidar, estar presente, apoiar e ajudá-la a viver todas e cada uma das fases da vida, não querendo que a criança passe dos 2 anos aos 10 de imediato e assim sucessivamente. E quando digo têm é os dois pais (seja mãe e pai, pai e pai ou mãe e mãe, que cada um sabe de si). Há que descer à idade de cada fase, aprender como funciona e saber gerir, estar presente, mostrar o amor que temos, seja onde for e ao pé de quem for, mostrar carinho não é vergonha, aparvalhar com uma criança não é vergonha, deixá-la ser criança é excelente. Há que ter algum tempo para coisas de adultos, é certo, mas podemos deixar algumas em stand by por uns tempos e retomá-as à medida que a criança efetivamente cresce.
Fico tão irritada ao ver pais acharem que as crianças não podem ser crianças, que me apetece bater e dar berros, mas desta vez aos ditos paizinhos.

sexta-feira, outubro 26, 2018

Viver sem TV

Digam lá se às vezes não dá vontade de colocar essa hipótese?
Há lá coisa mais irritante logo pela manhã do que receber uma chamada do operador de quem nos tentamos livrar há 3 meses, porque não cumprem com o serviço, a querer agora apresentar soluções?
Isso era há 3 meses atrás, agora já vai tarde.
Já perdi horas de vida a ligar para a maravilhosa linha deles, a falar com todos os departamentos telefonicamente disponíveis, a ouvir aquela música de espera que nos dá cabo dos nervos, a ouvir as mesmas desculpas esfarrapadas, a ouvir apresentação das mesmas soluções (aquelas que há 3 meses atrás sugeriram, implementaram e não resolveram... ah e tal, mudamos o equipamento... e o problema, que nunca foi de equipamento, continua!).
Raios, mesmo que eu tivesse bom feitio... que não tenho... não há cu que aguente, nem simpatia que resista... às tantas quase que já nem boa educação!
Mas pronto, com tanto mau feitio, lá consegui a rescisão do bendito contrato.
Vamos mudar de operador... e bem sei... daqui a uns meses começa a mesma história... porque mudam as moscas, mas a m**** continua a ser a mesma. Mas até lá descanso.

Dois mais um...

Alguém disse, ah e tal os animais fazem bem às crianças, ajudam-nos a acalmar.
Quem disse isto certamente não tem filhos como os meus!!
Tem dias que o menos selvagem da casa é o de 4 patinhas.
Para além disso, para uns pais que não têm grande tempo nem para se coçar, que passam dois terços do tempo em casa a "falar mais alto" (sim, porque pais de hoje não gritam, nem berram... apresentam ligeiras alterações no som da voz do dia a dia!): parem quietos, não deitem tudo ao chão, não batam... agora acrescentam, larguem o bichano que ele precisa de descanso... e para o bichano, pára de me arranhar os pés que não são uma peça de caça!
A sério, quem foi mesmo que disse que um bichano em casa ajudava??!!

quarta-feira, outubro 24, 2018

Vamos lá importar tradição alheia.

Pois é, aí vem mais um Halloween... uma tradição nova, que nada tem a ver com Portugal, mas como bons anfitriões que somos, acolhemos tudo e todos.
E toca de terem ideias nas escolas!
Já o ano passado a filha pediu uma máscara hallooeenesca e este ano quer levar também. Menos mal, é um dia de brincadeira que também precisam.
Agora temos o concurso da "abogerina"... vamos decorar uma tangerina em termos assustadores.
Até acaba por ter a sua piada fazer estas coisas com a filha, mas é pena que a tradição verdadeiramente portuguesa fique completamente relegada - o dia de pão por Deus - e estejamos a importar todas estas festas que não são nossas e que não têm qualquer tradição ou simbolismo por cá.

Deviamos ter mais orgulho no que é nosso... e não é só nestas pequenas festas infantis, é mesmo no geral.

sexta-feira, outubro 19, 2018

Pensamento de pré fim de semana...

Que bom, fim de semana!
Hãaa... nem tanto...
- dormir até tarde: não check, quando se tem uma criança que acha que dormir é um desperdício de vida;
- posso descansar a ver  tv: não check, porque a casa está a ficar vazia... temos um sinal claro disse quando alguém nos diz, mãe, não há papel higiénico... pelo que, fim de semana há que fazer compras, mesmo compras para a casa;
- a gestora de tarefas domésticas já tratou da roupa, lavou, estendeu e passou: não check, porque essa gestora é moi même, e como durante a semana não houve tempo para isso, vou ter algumas conversas de café com a máquina da roupa pelo fim de semana fora;
- mas pelo menos tenho os quartos arrumados e os brinquedos no sitio: não check, porque até podem estar, mas em cinco minutos em casa eles conseguem fazer o furacão Leslie parecer um menino perto do que eles conseguem virar do avesso enquanto se esfrega um olho;
- neste intermédio ainda temos uma festa de anos pelo meio... mas pelo menos pode ser que tenha a vantagem de os cansar e à noite cairem que nem pedrinhas lindas.

Pronto, já estou cansada e ainda nem saí para fim de semana.

Porquê um blog?

Um destes dias o meu marido referiu que não percebia o que levava as pessoas a terem um blogue.
Verdade seja dita que já nem eu sei muito bem porque comecei este, que já teve outros temas e outras dissertações e renovações, em função das voltas da vida e da disposição em cada fase.

Já há muito que aqui não vinha, mas acho que está na altura de retomar com mais regularidade.

Um blogue ajuda a dissertar sobre tudo e nada, ajuda a desanuviar quando às vezes não temos ali à mão com quem falar... ou quando, como diz uma blogger que muito admiro e que muito me diverte, nos apetece mandar todos e tudo à merda e não podemos.

Não interessa se alguém lê, ou quem lê... escrever sempre me ajudou em muitos momentos, bons e maus. Por isso porquê perder uma coisa que se gosta de fazer.

Portanto... voltei!