sexta-feira, novembro 30, 2018

E o natal... já passou?

Supostamente o natal era uma época que deviamos apreciar: luzes, familia, amigos, tudo enfeitado, imbuído daquele espirito de partilha e amor...
Era não era?

Pois, mas eu já estou cansada de natal e ainda nem em dezembro entrámos.
Deixei uma arrecadação virada do avesso para encontrar os enfeites de natal, mas lá se fez a árvore. Ah e tal, com os meninos, momento em familia... pois sim, foi mais momento de parem lá de gritar, as bolas chegam para todos colocarem uma, gato pára de trepar a árvore enquanto tentamos por as bolas e ninguém mexe nas prendas que a mãe vai pôr ali, que nenhuma é para vocês!

Segunda fase: fazer o presépio... pois, ainda não foi. sempre gostei de fazer o presépio, mas daqueles grandes com tudo a que tem direito, com musgo, serras, caminhos, lagos... estou à espera de um momento em que estejam a dormir para me dedicar a isso.

E por fim, mamã, vamos fazer o calendário do advento? Arghhhh... pois, vamos. Toca de tentar imaginar coisas simples que possam ser conciliáveis com horários de escolas, banhos, atividades e tempo de brincadeira, porque a experiência anterior ditou que depois a maioria das coisas acabámos por não conseguir fazer, ou por falta de vontade ou por cansaço dos pequenos (e dos grandes).

Nestes entretantos há que pensar nas prendas a comprar, e sendo que são várias as crianças, tem de ser coisas simples ou não há carteira que resista, pelo que implica puxar pela cabeça também.
Conclusão: já estou cansada do Natal e ainda falta quase um mês.

quarta-feira, novembro 28, 2018

Competências sociais... ter ou não ter?

Eis a questão!
Chego à conclusão que as minhas competências sociais começam a ser escassas quando em 2/3 do tempo me apetece dar estaladas nas pessoas que me rodeiam... durante o dia principalmente!
Pensamento que ocorre várias vezes por dia: Oh meu Deus dai-me paciência, porque se me dais força é hoje que eu lhes bato.
Tenho de trabalhar o meu lado social, o lado de sorrir a idiotas, dizer xim xenhor/a e... acima de tudo, aprender a lidar com asnos de duas patas.
Pior que lidar com um asno ou burriquito... é lidar com asno arrogante.
A simplicidade e humildade de se conseguir assumir que não se sabe tudo e que vamos vivendo e aprendendo e que cada um é diferente do outro, mas nem por isso melhor, é uma qualidade imensurável... que infelizmente cada vez menos pessoas detêm.
E é por isto que as minhas competências sociais viajam cada vez mais, para destinos cada vez mais longínquos de retornos mais tardios e às vezes ainda levam a viajar com elas o meu tico e tecto. E eu não sei se me deva preocupar ou ficar feliz.

Idade dos porquês tardia

1 - Mas por que raio este miúdo tem de acordar, tipo relógio suíço, as 4h/4h e pouco da matina todos os dias?
2 - Porque é que ouvido de mãe vira supersónico e até um mexer na cama faz acordar de um sono tão bom?
3- Por que raio me esqueci de ir buscar um novo pack de pacotes de leite à arrecadação antes de ir dormir e só me ocorre quando o puto pede leite de madrugada?
4 - Porque é que a camisola que resolvi vestir de manhã é exactamente aquela que está esquecida no cesto da roupa para lavar?
5 - Porque é que toda a gente lá de casa tem de ter tanta vontade de falar antes de eu ter bebido o meu café da manhã?
6 - Se inventam tanta coisa, por que carga d'agua ainda não inventaram o teletransporte?

E com isto findo as perguntas idiotas da manhã.

terça-feira, novembro 27, 2018

As manhãs loucas

A minha manhã começa cedo. Tento aproveitar aquela meia hora/40minutos antes de começar a levantar o pessoal todo para despachar as minhas coisas: banho (para conseguir acordar), vestir, preparar lancheiras e tentar tomar um pequeno almoço sentada, dando uma olhada ao que se passa por aí.
Nem sempre é possível, porque as vezes estou a preparar para me sentar e oiço o... mamãaaaaaaaaaa! pronto, pequeno almoço, já eras!
Começa a correria da manha, acorda um, acorda outro, confirmar que o mais velho (entenda-se, o pai das crianças!) já se levantou (sim, as vezes este é o pior!), acender tv (sim, porque eu meto-os a ver o panda logo pela manhã se com isso conseguir que estejam sossegados), leite, preparar roupas, e enquanto emborcam o leite começo a vestir... uma perna daqui, enfia outra dali... pentear (sendo que esta não é tarefa fácil para o emaranhado que eles chamam de cabelos!), acabar pequenos almoços (o que também não é fácil, já que uma tende a bezerrar a olhar para a comida e o outro nunca quer nada e obriga a correr atrás dele para o fazer comer), lavar dentes... e calçar. Ufa, estou cansada! E entretanto tenho eu de acabar de me preparar, calçar e afins.
Para melhorar só mesmo quando o mais velho resolve andar também a arrastar-se (sim, porque não sei como é possível alguém levar mais de 1h para wc, banho e vestir... é mesmo gajo!) e lá vem a louca a gritar com filhos e com o pai.... e é bom que o gato fuja da frente entretanto... porque já passou a hora de sair de casa e anda tudo a arrastar-se pela casa fora e a mim só me apetece dar estaladas para se mexerem.
Pensamento ao chegar ao carro: a sério ou morro nova ou pifo de vez um dia destes!

quinta-feira, novembro 22, 2018

As pequenas conquistas da vida

À medida que vamos "crescendo" o nosso conceito de conquistas, de facto, altera-se bastante.
Para uma pequenita criança, uma grande conquista é começar a ir à sanita, andar de cuequinha sem se sujar todo, não fazer birras e comer sozinho.
Quando crescem um pouco mais, começar a ler, escrever, fazer contas... mais uma importante conquista.
Mais tarde, poder sair sozinhos com amigos e depois poder tirar a carta... mais um marco histórico.
Acabar os estudos, entrar no mercado de trabalho... mais uma nova conquista e nova fase.

Depois temos as nossas... chegar ao fim do dia sem matar ninguém, apesar da vontade de torcer pescoços; conseguir ouvir asnos a falar sem os mandar para aquele sitio que não vê (ou raramente) a luz do dia; ver pessoas que não valem um chavelho, que infernizaram a cabeça de meio mundo a armar-se em hiper profissionais e assistir caladinha... isto são relevantes conquistas. E ainda chegar a casa e conseguir gerir a energia das crianças sem as pendurar pelas orelhas no estendal da roupa... isto são verdadeiras conquistas.

sexta-feira, novembro 16, 2018

Sexta feira... yeeehhh... ou não!

Regra geral o espírito é: sexta feira... YEHHHHHHH. Mesmo tendo dois putos (e um marido, a bem da verdade) a dar comigo em doida o fim de semana inteiro, ainda assim estes são os que eu escolhi par ame deixarem doida e não os que semanalmente me são impostos.

No entanto, esta sexta feira nem com esse espírito consigo estar. Entre miúda doente, miúdo birrento (daquelas que faz a birra porque a mosca passou para a direita e ele queria que ela tivesse voado para a esquerda ou porque isto é branco e ele queria que fosse preto... enfim), idas ao hospital, andar a correr de um lado para o outro, andar de carro na cidade (que só por si já me deixa doida)... está a ser um final de semana daqueles.

Mas o fim de semana não se afigura melhor: miúda ainda doente, chuva de volta, miúdos birrentos porque está doente e não saem de casa, possibilidade de um almoço (se já estiver melhor) de pré-natal (face ao tempo que ainda falta) da escola de dança com coisas (comida, entenda-se) a preparar pelos pais... e neste imbróglio ainda ter tempo para me lembrar que existe roupa por lavar (para evitar os miúdos irem nus para a escola na semana seguinte), porque o passar logo se vê... e que eu também quero uns minutos para mim e já agora para o marido, se não for pedir muito.

Já estou cansada e ainda nem o fim de semana começou!

quinta-feira, novembro 15, 2018

Os festejos e afins

Ainda estamos a meio de novembro e entrámos oficialmente nos festejos... entre aniversários e natal, agora é um non stop até fevereiro.
Já estou cansada e ainda agora começou.
Entre aniversários, almoços de natal de escola, de amigos, circo de natal pelo meio, festa da escola de dança e afins... os fins de semana vão todos à vida e num esfregar de olhos... é Natal.

Este ano parece que está tudo a começar mais cedo ainda, porque deu o ataque de natal ainda mais cedo, para se conseguir encaixar tudo e todos nos fins de semana disponíveis.
E se não os vences... tens mesmo de te juntar a eles e aderir à coisa.

Tenho duas pequenas criaturas em casa que não param de falar em fazer a carta ao Pai Natal, coisa que normalmente só acontecia já em dezembro; o mesmo acontece com a árvore de Natal, que começa a virar pergunta diária também.
E se não os vences... é provável que neste fim de semana se assuma a época de Natal lá em casa!

Tenho pena é que o Natal esteja associado cada vez mais ao consumismo e à necessidade de se comprar tudo e mais um par de botas, para todos e mais algum e se vá perdendo cada vez mais o espirito da coisa: convivio em familia, os jogos da noite de natal (sem ser a olhar para a tv, tablets, telemóveis e afins), a noite em pijama quentinho se fosse o caso. Às vezes a noite de natal parece apenas mais uma obrigação: jantar, abrir prendas, ver os miudos eufóricos e ao ponto de já nem estarem a ver o que estão a abrir e sem desfrutarem de nada e os graúdos a assistir. Deve ser uma noite sem regras, com desordem, claro, com papel rasgado, com desarrumação, mas também com brincadeira em familia, com musica e com o desfrutar.
Quero fazer um esforço adicional este ano para tentar incutir este espírito nos pequenos... depois contarei o resultado.


terça-feira, novembro 13, 2018

A alegria da birra alheia

- Mamã, mamã... hoje o bebe não fez birra.
- Que bom filhote.
- Hoje é a mana que tá a fazê birra.
(isto dito com uma grande alegria, uma vez que não era ele o centro da coisa)
- Então e está a fazer birra porquê?
E numa grande exaltação salta um chorrilho de explicações, das quais não percebi um terço, com a mana zangada a mandá-lo calar.
Pelo menos vão alternando...

E assim vai a vida de mãe e pai!

segunda-feira, novembro 12, 2018

Pediculose

Um nome todo pomposo para designar aquilo que é o pânico para qualquer mãe e pai: os tão famigerados piolhos!
Sempre que recebo um aviso da escola da existência de tais parasitas entro em pânico... não por achar repugnante os ditos cujos (ou melhor não só), mas porque os cabelos dos meus filhos não são compativeis com esses tratamentos. Caracol fechado com muito cabelo ainda por cima... até a imaginar é dificil.
A minha esperança é que os ditos cujos, à semelhança dos pentes lá de casa, desistam da tarefa de tentar penetrar naquele ninho de caracoletas, rodilhos e rodilhões... e me dêem algum descanso. Seria o stress de tratar e os kilos de paciência extra para aguentar os gritos e birras pela casa fora.
Pelo que, face ao exposto, solicito encarecidamente que a pediculose se vá manifestar para outras freguesias, para bem da sanidade mental da ora requerente.

sexta-feira, novembro 09, 2018

Lições de vida

No nosso dia a dia stressamos, gritamos, refilamos com as mais variadas coisas, pessoas e acontecimentos.
Porque os filhos nos deixam de cabelos em pé logo pela manhã, porque o gato está um chatarrão, porque não encontramos a blusa que iamos vestir, porque está um trânsito infernal, porque no trabalho tens uma série de gente que parece estar em estado semi vivo e os que mostram estar vivos as vezes parecem verdadeiramente acéfalos...
E depois recebemos um vídeo, com alguém com uma vida extremamente dificil desde que nasceu, que teve a sorte de ser adoptado juntamente com o irmão e quando, emocional e fisicamente tem tudo contra ele, luta por um sonho, desconsiderando tudo o resto. Eu que nem sou muito de ligar a estas coisas, confesso que me deixou muito sensibilizada, porque acho que requer uma coragem que eu não sei se teria.
E nessa altura pensamos que, de facto, as coisas que as vezes nos stressam e deixam de cabelo em pé são idiotices, que deveríamos encarar de forma mais leve e descontraída, dando por adquirido que estamos a fazer o melhor que podemos ou que nos deixam e que isso tem e deve ser suficiente.
As coisas mais importantes devem ser colocadas em primeiro plano: fazer o melhor que podemos e sabemos, lutar pelo bem estar e pela saúde dos nossos filhos e da familia, ter tempo para nós e para fazermos o que gostamos (mesmo que isso implique ter uma casa que parece que foi invadida pelo furacão leslie)... e deixar de andar irritada porque os miudos são miudos e gritam, fazem barulho, batem, resmungam e fazem birras; porque trabalhamos com alguns asnos (que me perdoem os pobres bichanos tão lindos) de duas patas, com idiotas que se acham "suprasumos da batatinha", arrogantes armados aos "pingarelhos", optando por pensar que isto não é a minha vida e sim apenas um meio de assegurar a parte financeira que me permite ter uma vida.
Vamos lá de fim de semana com esta ideia em mente... e quem sabe se a próxima semana até nem corre melhor?!

quinta-feira, novembro 08, 2018

O membro de 4 patas lá de casa.

Eis que uns pais, numa das suas ideias geniais, achou que um gatinho ajudaria a ocupar e acalmar as duas ferinhas lá de casa. É lindo, branquinho, de pelo fofinho, muito asseado, mas...
Triste ideia!
Não só não acalmou, como ainda foi mais um extra de maluquice naquela casa.
O que era um gatinho, está a ficar um gatão... que corre que nem um desenfreado e acha que todas as pernas e pés são peça de caça... o que às vezes dá aquela vontade de o pendurar na varanda pelas orelhas!
O mais novo quer brincar, mas como tem medo do bichano fica um misto de brincar, gritar e fugir. A mais velha já é mais paciente e com ela até ajudou, pois um destes dias esteve de volta do bichano até finalmente o convencer a dar a patinha sem a arranhar... e conseguiu.

Ontem, por exemplo, entre jantares, pijamas, lavar doentes, um que não quis comer e que pediu leite antes de dormir, o vomitou todo (e mais o resto do conteúdo do estômago) logo de seguida... toca de mudar roupas, tirar mantinhas, limpar chão (sala, wc)... e nesta confusão, eis um bichano a arranhar e a miar porque o fechei na cozinha para não pisar o vomitado. Um choramingava, outro miava... o que vale é que ela dormia que nem um calhauzinho.

Da próxima vez que pensar num animalzinho para as crianças brincarem... batam-me!

quarta-feira, novembro 07, 2018

Anti parentalidade positiva

Qualquer mãe ou pai acérrimo defensor da parentalidade positiva e figuras afins ficará chocado com a postura assumida por uma mãe na dificil entrada na escola pelo filho... mas cada um sabe de si, e para os crentes, Deus sabe de todos.
Apesar de o dia correr muito bem, o acordar de manhã com a perspetiva de ida para a escola e a chegada matinal à dita cuja tem sido de deixar o mais dos santos (e eu estou longeee de tais santidades!) de cabelos em pé... e coração partido.
Optei pela via mais simples: suborno ou oferta de vantagens adicionais pela ausência de birra matinal. Já sei, já sei, não se faz e tal e estamos a dar um mau exemplo e tal e coisa.... mas sinceramente, ele é um beebzão grande, que vai entrar numa fase que vai durar muitos anos da sua vida: escola. Tem todo o tempo do mundo para aos poucos entender que não está a ser abandonado e que chegar à escola pode ser uma coisa calma, uma vez que depois o dia corre tão bem. E se tiver de me socorrer de extras para o ir convencendo dessa ideia, vou fazê-lo. Não me venham com as tretas de conversar e explicar... é uma criança, que tem compreensão, é certo, mas não tem o nosso raciocinio adulto....  Para eles é um alterar de uma rotina que sempre conheceu e ser deixado com estranhos... não me venham convencer a mim que isto é "explicável e entendível" para uma criança de 3 anos, logo à primeira... ou à segunda... ou à terceira.
Mas já tive experiência anterior e correu bem e não creio ter causado traumas ou incapacidades e afins na criança nessa altura.
Por isso que me desculpe as teorias todas da atualidade, mas sabem que mais... não quero saber!