sexta-feira, março 01, 2019

Carnaval... e carnaval

Eu gosto do Carnaval, sempre gostei.
Mas também acho que se perdeu muito daquilo que o carnaval era, principalmente até a nível da miudagem.
Correndo o risco de parecer aquelas velhas a falar... mas no meu tempo nós recorríamos muito à imaginação para ter fatos de carnaval. A oferta não era tanta, não havia lojas de "chineses" a proliferar por todo o lado, pelo que a malta se desenrascava recorrendo aos caixotes de roupa já de parte e inventava e costurava (ou a mãe o fazia) a partir desse material.
E assim tive desde fato de palhaço, fato de sevilhanas, e mais outros tantos. E a verdade é que grande parte do divertimento carnavalesco começava aí.
Agora fica tudo mais bonitinho, mas perdeu-se grande parte da componente divertida e imaginativa da coisa.

Chiça, estou a ficar velha!

quinta-feira, fevereiro 28, 2019

Métodos de relaxar

Em conversa, e falando eu do meu atual défice de sono, depois de 4 anos e agora já lá vão mais 3 a dormir mal e com muitas(sssss) interrupções pela noite fora, sugeriram tentar um método, cujo nome não vale a pena referir.
Consiste, essencialmente, em depois da criança estar a dormir e em jeito de sussurro fazer um discurso de carinho, amor e explicação da necessidade de dormir, para a criança e para os pais.
Em conversa com o marido, descrevia o método ao que ele me responde: já fiz isso, expliquei a sussurrar que não podia ser assim, que o pai estava cansado, que precisavam todos de dormir... e a resposta do filho, mesmo a dormir, foi virar-se para o outro lado, sem antes espetar com uma mãozada na cara dele.
E pronto, a isto se resumiu a aplicação do Método lá por casa.

Falando com uma amiga gostei bem mais do método dela... vamos mas é as duas tomar uns shots daqueles à antiga, que até os problemas e o sono se evaporam. Agora só preciso de arranjar o tempo para este método, que a curto prazo me parece de efeito mais imediato... :-)

quarta-feira, fevereiro 27, 2019

Ser rica

Já sou uma rica pessoa (por acaso nem sempre, mas pronto!), mas podia ser também uma pessoa rica.

Para poder, com um belo sorriso na cara mandar para aquele sitio com um pequeno orificio que não costuma ver o sol, certas e determinadas pessoas;
Para poder usufruir da vida, que ela é curta, e dos meus filhos, marido, familia e amigos calmamente;
Para poder fazer apenas o que me desse na real gana e não ter de engolir sapos de pessoas às quais não reconheço a inteligência, nem a capacidade, nas mais variadas situações;
Para poder ser a verdadeira dondoca se para aí estivesse virada;
Para ter todo o tempo e mais paciência para os meus dois pequenos, para brincar com eles, perder tempo nas parvoices, sem me preocupar com casa, roupas, etc, e sem chegar irritada porque me cruzei com um/a idiota durante o dia que me fez saltar a tampa.

É neste aspecto que digo... dinheiro não dá felicidade, mas ai que ajuda, ajuda!!

terça-feira, fevereiro 26, 2019

Aprender a ler...tudo

Por defeito de formação sempre me ensinaram que se deve ler tudo, antes de tirar ilações.
Foi exactamente... o que não fiz.
Chego de manhã e tenho um mail da prof. de inglês, enviado as 23.50h, a informar qual a matéria do teste. Teste esse que a filha tinha dito que ía ser hoje e para o qual ontem até esteve a estudar.

Claro está que, com o tradicional "fogo na venta" que me caracteriza, lhe perguntei logo pela utilidade de um e-mail enviado à meia noite para um teste a fazer hoje de manhã.

Eis quando me liga o pai a mandar ler o texto todo como deve ser: o assunto começava por teste de inglês de 12 de março. Toca de enviar novo e-mail a pedir desculpa por não ter lido tudo, presumindo, por isso, que a data do teste tinha sido alterada.

Moral da história: ler bem todo o texto antes de tirar conclusões... :-)

segunda-feira, fevereiro 25, 2019

Gravidez... que saudades... ou não

No meu caso é mais... ou não.
Adoro os meus filhos, mas não tenho saudades absolutamente nenhumas de estar grávida.
Aliás, sou daquelas que acha que a gravidez podia durar menos tempo... ah e tal, a barriga a crescer, giro, começou a mexer, oh que giro... e pronto, pode nascer.
Não achei a menor piada a azia, aumento de peso (e nem aumentei nada por aí além), deixar de ver os pés, atar sapatos, começar a inchar para o final e ter de comprar sapatos tamanho acima, falta de posição para dormir, alterações de humor, etc, etc...
Vantagens que me lembro da gravidez: tinha sempre desculpa para esticar as pernas no sofá e pedir uma massagem ao papá; nunca me dava a preguiça de pôr creme no corpo, fosse verão ou inverno, porque tinha na mente o evitar das estrias e amigas similares (com o contrapeso de que estraguei muita blusa à conta de tanto creme!); vestisse o que quer que fosse na praia, mesmo o biquini mais reduzido, nunca parecia gorda porque com uma pança daquelas tudo o resto eram pequenos extras; roupa justinha nunca ficava mal, porque não havia pneu a destacar-se e sim uma bola de futebol (português ou americano).

Mas com prós e contras... continuo a não ter quaisquer saudades de estar grávida.

quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Problemas auditivos da casa

Descobrimos, entretanto, que o nosso gato é surdo, tal como, aliás, parece ser comum em gatos com aquele tipo de pelagem branca.
Pronto, já percebi assim porque é que o meu Não, dito de forma tão efusiva nunca era entendido. Não era por falta de respeito à dona, nem por eu ter propriamente uma vez delicodoce... é mesmo porque o gajo é surdito que nem um calhau.

Ora, aplicando este critério lá em casa, começo a perceber que se calhar o problema não é da pelagem do gato, mas sim de algo que deve estar a contaminar as paredes da casa e que deve contagiar a familia e animais da casa.

Com efeito, tendo em conta as vezes que digo Não ao minorca, que ralho com ele, novamente com esta minha voz delicodoce de canário (muito do rachado!), e tendo em conta que ele não me liga a pontinha de um cornicho muitas das vezes, dando a entender que não ouviu nada do que acabou de lhe ser dito... até nos fazer ficar de cabelos em pé... se calhar o problema do minorca é também problemas de audição que apanhou por contágio com a bactéria que deve estar entranhada nas paredes.

Afinal tudo tem uma justificação!

quarta-feira, fevereiro 20, 2019

Saber brincar

Eis uma coisa que acho que os miudos de hoje cada vez sabem menos fazer: brincar. Aquela brincadeira pura e dura, de rua, de jogos (elástico, o pião, as cantilenas, escondidas, apanhada e sei lá mais o quê).

Ora porque os pais os colocam em mil e uma atividades e nem tempo fica para brincarem, porque eles têm de ser os primeiros em tudo e bons em tudo e mais um par de botas: falar inglês, karaté, futebol, ginástica, dança, natação, equitação, mandarim e sei lá mais o quê...

Ora porque cada vez mais se agarram às tecnologias e àquilo que a vida de hoje proporciona e não chegam sequer a desenvolver a imaginação por si próprios, a saber usufruir da rua, das brincadeiras de rua, de jogos e afins... e as poucas brincadeiras que às vezes ainda tentam jogar acabam por ser perfeitamente idiotas (imaginem crianças a brincar aos cãezinhos, por exemplo, em que há um dono e os outros são todos os animais de estimação... isto não lembra a ninguém).

Contra mim falo também, porque muitas das vezes a culpa também é nossa enquanto pais, que vivemos a dicotomia de não ter umas crianças tecnologicamente alienadas e acabamos por, às vezes, abusar na permissão de acesso à tecnologia (seja por não nos apercebermos ou por apenas querermos uns minutos de descanso!). Na realidade devíamos apostar muito mais na rua, nos jogos em familia de exterior, ensinar-lhes coisas novas. Mas também sei que com a vida que levamos, sempre a acelerar, esta conjugação é dificil.

Tenho de pensar melhor nisto... brincar é essencial, ser criança é essencial... não quero uma criança de 7 anos a comportar-se como se tivesse 20... quero que seja infantil, criança, como deve ser nessa idade (com o bom e as parvoices que também vem no pacote e nos deixam doidos as vezes).

terça-feira, fevereiro 19, 2019

Acordar do cérebro

Confirmei que, de facto, eu acordo a uma hora, mas o meu cérebro só acorda umas horas mais tarde.

Vem uma pessoa no metro, já a caminho do trabalho, descansadinha na sua vida, a ler o seu livro... e lembra-se de olhar em que estação vai. Os olhos vêem que tem de sair daí a duas estações... mas o cérebro, ainda na sorna da manhã, não regista a informação.

Volto à bela da leitura, eis que o metro pára e do cérebro dispara de repente a informação que é para sair... e as pernas, muito obedientes, seguem para a saída.

O idiota que acorda tarde, e não compila as informações que recebe devidamente, anda a mandar informações erradas ao restante... e faz a aqui idiota sair uma estação antes do que devia.
Pois então, para castigo e para que as pernas aprendam a lição, tiveram de fazer o caminho a butes, que entretanto o metro fechou portas e seguiu.

E assim se começou a manhã em grande!


segunda-feira, fevereiro 18, 2019

Os irritantes beijinhos

Gostava de saber quem inventou e implementou a ideia de que o cumprimentar alguém tem sempre de implicar pespegar com dois beijinhos, quer de chegada, quer de saída?
De onde resulta que pespegar esses dois beijinhos (mesmo que acabe de chegar e esteja de saida 5 min depois, os 4 beijinhos têm de ser dados sob pena de ser classificada como mal educada!) é uma regra de boa educação??

Até as "tias da linha" não encostam caras e atiram um unico beijo para o ar... essa ideia já me parece mais interessante nos dias de hoje.

Quando era mais nova e esse cumprimentar implicava pespegar duas beijocas na fronhinha de algum daqueles moçoilos jeitosos da escola e afins, isso até era uma ideia gira. Hoje em dia nem tanto.

Nunca fui muito beijoqueira e hoje em dia continuo a não ser.
Por isso muitas das vezes até me esqueço dessa "regra protocolar" e lá vem o mal educada!
Mas depois, prefiro ser taxada de mal educada do que ser falsa e estar a pespegar duas beijocas em fronhinhas de pessoas que não me dizem nada e às quais às vezes me apetecia mais pespegar duas palmadas.
Falsa e socialmente correcta é coisa para a qual não tenho perfil e quem me conhece, gosta de mim como sou e não leva a mal.
Não se trata de não cumprimentar, mas se estamos a falar de pessoas amigas, de familia que me conhece e a quem obviamente digo olá, não é por não dar o beijinho socialmente imposto que sou mais ou menos educada e tenho mais ou menos consideração pela pessoa em apreço.
Até porque já me vi confrontada com situações em que socialmente tive de cumprimentar com dois beijos pessoas pelas quais não tenho qualquer respeito... mas pelo menos não me chamaram mal educada e vai tudo feliz para casa.

Sou o que sou e como sou... quem gosta, gosta... quem não gosta, porta da rua serventia da casa.
Já me basta fazer fretes no campo profissional, quanto mais ainda ter de os levar para o campo dos amigos e familia!
Todos os que não gostam... temos pena, é o que é!

sexta-feira, fevereiro 15, 2019

Dona da casa ou dona de casa

Decididamente, nasci para ser dona da casa, mas não dona de casa!
Como um Da ou um De podem marcar toda a diferença!

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As vezes dá-me assim umas ganas de dar uma volta à casa toda e fazer umas renovações, mas isso era giro se eu fosse só a dona da casa, ou seja, ter as ideias e os €€€€ para alguém as aplicar, mas sendo dona da casa e dona de casa perde a piada toda, porque por cada ideia que tenha implica que terei o trabalho inerente a essa renovação. Pronto, perdeu o interesse!

E só de imaginar em remodelar, inovar, renovar com dois pirralhos pelo meio a gritar mamã isto, mamã aquilo e mexe daqui, mexe dali e a quererem (des)ajudar... duplamente esquece lá isso!

Estava eu aqui sentada e distraída apreciava aqui a vizinha da frente a aspirar (chão, paredes, candeeiro) e limpar o pó à varanda (varanda aberta, entenda-se) e dou comigo a pensar, mas que raio de ideia a de limpar o pó a uma varanda aberta, quando ainda por cima estamos no inverno.

E depois disto concluo que, de facto, ser dona de casa é uma chatice.
Nascer com ideias de rico e carteira de pobre é uma chatice ainda maior.